domingo, 21 de junho de 2009

sábado, 20 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

RELATÓRIO REFLEXIVO

Ler e escrever não é fácil, ainda mais que estamos rodeados de todos os tipos de leitura. Como trabalhar não apenas leitura e sim as leituras que se apresentam em nosso dia-a-dia? Como explorar textos para buscar informações práticas, satisfazer curiosidades, informar-se sobre o que acontece no mundo, divertir-se, relacionar-se com as pessoas?
Textos...textos... Os trabalhos propostos pelo programa mostram um caminho inovador que leva a reflexão sobre o nosso fazer pedagógico. Estamos diante de um convite tentador. Tudo foi preparado com dedicação, expectativa e apoio da nossa coordenadora que sempre leva material para nos auxiliar. Diante de todo o planejamento o que mais sentimos dificuldades foi quanto à disponibilidade de recursos tecnológicos.
Chegou o dia , tudo que é novo causa medo, angústia, dúvida, indagação, insegurança. Esses foram os primeiros sentimentos manifestados quando apresentamos as propostas do Gestar II. Em seguida a coordenadora passou o vídeo “Conquistando o Impossível na Era do Gelo.” O vídeo traz uma mensagem com palavras que representam situações de nosso dia-a-dia. Palavras importantes que precisamos trabalhá-las para chegarmos aos nossos objetivos, assim aos poucos o clima de inquietação foi se dissipando, dando lugar ao interesse, ao “vamos ver”.
Nos primeiros encontros ficamos apreensivos com a desistência dos cursistas. Uns alegaram que o material é bom, mas requer tempo e dedicação. Outros por ser um curso muito extenso. Essas dificuldades não nos desistimularam.
O primeiro encontro iniciei com uma mensagem de Cora Coralina para refletirmos o porquê de estarmos ali. Na sequência confeccionamos crachás customizados e apliquei a técnica dos três nós (feita em Treze Tílias, com a profª Andreia) para nos conhecermos melhor, consequentemente tornar os encontros agradáveis e instigadores para os estudos. Estudamos o Guia Geral, discutimos e tiramos dúvidas sobre o material e as realizações das atividades. Aqui ficou clara a importância do comprometimento de cada um.
Em cada oficina, descobertas são feitas. Eu dou início, destacando aspectos significativos dos conteúdos. Também levo outros materiais e para os estudos a respeito de gênero textual, dividi a turma de cursistas em grupos e a partir da leitura de um texto, cada grupo fez uma produção escrita escolhendo determinado gênero para vender, comprar, roubar e tombar uma mesma casa.
A partir do poema “A Pesca” de Affonso Romano de Sant’Anna
, os grupos o reescreveram respeitando uma das seguintes tipologias textuais: injuntiva, dissertativa, narrativa. Os resultados foram surpreendentes.
Para unidades 11 e 12, tivemos a música “Um bom conselho” de Chico Buarque.
As revelações começam a surgir, como “gosto pelo material que traz teoria e prática”, “sugestões diversificadas”, “conhecimento de alguns conteúdos não vistos na caminhada universitária “força de vontade”, mas, também surgem colocações como “estamos sobrecarregados”, “carga horária cheia”, “dificuldade em concluir o ralatório das atividades por falta de tempo (os encontros são próximos)”. Apesar das dificuldades a turma é maravilhosa e carregam entusiasmo.
O momento da socialização das lições de casa é o mais esperado. Todos ficam atentos, anotam e perguntam sobre casa detalhe. Trazem e expõe trabalhos dos alunos que enriquecem os relatos. Mostram resultados interessantes, detectam as necessidades dos alunos e trabalham para superá-los.Essa troca de experiência está despertando um novo olhar para as práticas pedagógicas, pois muitas vezes o que falta é um ajuste entre as características do aluno e a metodologia proposta em sala de aula.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

MEMORIAL REFLEXIVO


Desde criança eu ouvia dizer: a única herança que os pais poderiam deixar aos seus filhos, sem perigo de falência, eram os estudos. E foram por esses caminhos que meus pais me educaram, sempre incentivando e priorizando os momentos de estudo.
Era adolescente quando o grande momento chegou. Vestibular. O primeiro passo para um futuro promissor foi dado. Iniciei a faculdade.
Faculdade... Quantos sonhos, quantos ideais, quantas buscas de mudança.
Eu era ainda muito jovem quando as portas do magistério se abriram em minha vida.
Tinha apenas dezoito anos quando me convidaram para substituir uma professora numa escolinha de um bairro mais afastado.
Ali eu dava os primeiros passos no caminho das LETRAS...
Eu estava no ultimo ano do curso quando prestei concurso público para o magistério. Um novo caminho começa a se abrir e os primeiros passos começam a ser dados.
Passar alguns anos distante da família e dos amigos foram momentos difíceis e de aprendizado, porém desta época guardo lembranças de olhinhos ávidos, curiosos e carinhosos que, assim como eu, percorriam longos trajetos nas manhãs geladas do Oeste Catarinense até chegar à escola.
Era o início de minha carreira profissional e, mesmo longe de casa, recebi o fundamental carinho dos novos amigos e colegas de trabalho e o apoio dos pais.
Com o passar dos anos, as leituras e a experiência me ajudaram a ver melhor a diferença das coisas, a construir novos conceitos, a considerar mais o contexto do aluno e da escola, ou seja, me ajudaram a errar menos.
Como nem só de trabalho vive o homem, também desfrutei do meu direito de diversão, fosse em reuniões com amigos, festas ou baladas. E, lá no Oeste estava meu futuro marido. Enfim, casei, tive uma filha e retornei para minha terra natal, onde vivemos até hoje.
Com a transferência pude dar continuidade aos trabalhos sem maiores problemas, pois pude contar com o apoio da família para cuidar de minha filha (cinco anos mais tarde tive minha segunda filha).
Era uma nova fase de adaptação: maternidade, casa nova, escola nova (alunos e colegas), mas o tempo tratou de ajeitar tudo.
Passei a trabalhar também com o ensino superior, onde encontrei alguns alunos do ensino médio dando continuidade aos estudos.
Isso me fez refletir sobre o número reduzido de alunos de escola pública ingressando na universidade (particular), haja vista a necessidade dos mesmos entrarem no mercado de trabalho ou por falta de recursos financeiros.
Talvez isso tenha contribuído para minha dedicação ainda maior aos alunos de escola pública.
O GESTAR é prova de que minhas energias estão sendo concentradas e conduzidas ao lugar certo, preparando aqueles que preparam nossas crianças e jovens, não só para o trabalho, mas para a vida. Criando oportunidades para cada vez mais criarmos novas oportunidades.