quarta-feira, 10 de junho de 2009

MEMORIAL REFLEXIVO


Desde criança eu ouvia dizer: a única herança que os pais poderiam deixar aos seus filhos, sem perigo de falência, eram os estudos. E foram por esses caminhos que meus pais me educaram, sempre incentivando e priorizando os momentos de estudo.
Era adolescente quando o grande momento chegou. Vestibular. O primeiro passo para um futuro promissor foi dado. Iniciei a faculdade.
Faculdade... Quantos sonhos, quantos ideais, quantas buscas de mudança.
Eu era ainda muito jovem quando as portas do magistério se abriram em minha vida.
Tinha apenas dezoito anos quando me convidaram para substituir uma professora numa escolinha de um bairro mais afastado.
Ali eu dava os primeiros passos no caminho das LETRAS...
Eu estava no ultimo ano do curso quando prestei concurso público para o magistério. Um novo caminho começa a se abrir e os primeiros passos começam a ser dados.
Passar alguns anos distante da família e dos amigos foram momentos difíceis e de aprendizado, porém desta época guardo lembranças de olhinhos ávidos, curiosos e carinhosos que, assim como eu, percorriam longos trajetos nas manhãs geladas do Oeste Catarinense até chegar à escola.
Era o início de minha carreira profissional e, mesmo longe de casa, recebi o fundamental carinho dos novos amigos e colegas de trabalho e o apoio dos pais.
Com o passar dos anos, as leituras e a experiência me ajudaram a ver melhor a diferença das coisas, a construir novos conceitos, a considerar mais o contexto do aluno e da escola, ou seja, me ajudaram a errar menos.
Como nem só de trabalho vive o homem, também desfrutei do meu direito de diversão, fosse em reuniões com amigos, festas ou baladas. E, lá no Oeste estava meu futuro marido. Enfim, casei, tive uma filha e retornei para minha terra natal, onde vivemos até hoje.
Com a transferência pude dar continuidade aos trabalhos sem maiores problemas, pois pude contar com o apoio da família para cuidar de minha filha (cinco anos mais tarde tive minha segunda filha).
Era uma nova fase de adaptação: maternidade, casa nova, escola nova (alunos e colegas), mas o tempo tratou de ajeitar tudo.
Passei a trabalhar também com o ensino superior, onde encontrei alguns alunos do ensino médio dando continuidade aos estudos.
Isso me fez refletir sobre o número reduzido de alunos de escola pública ingressando na universidade (particular), haja vista a necessidade dos mesmos entrarem no mercado de trabalho ou por falta de recursos financeiros.
Talvez isso tenha contribuído para minha dedicação ainda maior aos alunos de escola pública.
O GESTAR é prova de que minhas energias estão sendo concentradas e conduzidas ao lugar certo, preparando aqueles que preparam nossas crianças e jovens, não só para o trabalho, mas para a vida. Criando oportunidades para cada vez mais criarmos novas oportunidades.

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